quinta-feira, 7 de maio de 2009

AMAZONINO, IRRITADO, DIZ QUE NÃO RECUOU

O prefeito Amazonino Mendes se irritou hoje com o jornalista Ronaldo Tiradentes, ao ser perguntado se a decisão de determinar a concessão de 120 passes para os estudantes não representava um recuo. Amazonino disse que os estudantes devem ter quantos passes forem necessários para manter atividades escolares e culturais. O prefeito contou que sempre comungou do ponto de vista dos estudantes sobre o uso da meia passagem, e elogiou o comportamento das lideranças que reuniram com ele no dia de ontem.
Veja na íntegra a entrevista concedida por Amazonino ao apresentador do programa CBN Manaus:



Ronaldo - O senhor recuou na questão da meia passagem?

Amazonino - Não. Não tem nada de recuo, nem avanço e nem nada. O que ocorre e que precisa se entender é o seguinte. A lei foi aprovada em outra administração. É uma lei que não é auto aplicada, eu não posso aplicar a Lei porque como é que vai se controlar? Então é preciso instrumentar e essa instrumentalização é feita através de um regulamento, por decreto, primeiro ponto.
Segundo ponto: ontem eu tive o prazer de me reunir com a grande liderança estudantil da nossa cidade. O que me surpreendeu foi a condição da grande maturidade desses jovens. A grande maioria dos DCEs e representantes dos cursos intermediários. Uma reunião tranqüila, muito calma em que nós definimos os conceitos, que a partir dos conceitos é que se toma uma posição. A primeira coisa que ficou muito claro é que o prefeito tinha absolutamente o mesmo pensamento dos estudantes. Ou seja, o estudante tem o direito à meia passagem a qualquer custo. E sejam quantas meias passagens necessárias para que ele vá estudar. Simplificando: se ele tiver um curso, dois, três, quatro cursos, não importa desde que os cursos sejam oficiais então ele tem automaticamente esse direito. Foi a primeira coisa que nós acertamos com muito louvor e alegria, porque não faz sentido pegar a lei de meia passagem para tirar o direito, o direito já conquistado, antigo, nesse velho Brasil do estudante.
Segundo, um preceito que se deve,que é nosso dever, tanto deles como cidadãos e meu como prefeito, defender o povo. Porque defender o povo? Porque é do conhecimento de todos que o ônus da meia passagem é feita por não estudantes, isso é, um impacto muito grande no custo operacional dos veículos e também forçando o povo a pagar esse absurdo. É o pobre que paga, é o trabalhador que paga. Eu disse a eles na reunião. Daí avançou, é claro que não se aplicará a Lei agora, ela precisa de uma regulamentação. Então restauramos a situação anterior, ou seja:de 120 passes. Mas é circunstancial é momentâneo. Eu não sei se amanhã, com a regulamentação, podemos ter mais de 120, pode ser 80 ou 60 o importante é ter um número necessário para respeitar o direito dos estudantes.


Ronaldo - Qual é a regra e qual é o número básico?

Amazonino - Não existe. A regra é o estudante. Tem três cursos ? Ele tem direito a ter tantos passes sejam necessários para estudar. Um estudante de medicina, que precisa fazer uma demanda de estudo fora da faculdade, vai ter de ter esses passes. Um estudante de odontologia, em fim há de se dar uma cobertura completa para esses direitos dos estudantes. E ao fazê-lo, tomar todo o cuidado para defender o povo e não premiar a... ..
Os jornais fazem hoje uma colocação política. A vitória foi do povo. Não é a vitória de um grupo político que foi para as ruas paralisar, que não contribuiu com nada. Quem tá contribuindo são os verdadeiros estudantes que deram sinal de maturidade extraordinária. Temos de dar essa ponderação a população para dizer que esses jovens estão preparados para fazer uma ação corporativa, mas ao mesmo tempo respeitando a população de Manaus.


Ronaldo - Como fica a situação do Sinetran, que já começou a aplicar a Lei, permitindo apenas a compra de 44 passes?


Amazonino – Olha, não existe Sinetran, não existe nada disso. Nem 44 passes.Qual o módulo e qual é a base, o caminho é a base que se vai fazer para a liberação dos passes. E o controle não será feito pelo Sinetran, tem de ser feito por um órgão ligado a IMTU.


Ronaldo – Prefeito, nem sempre é possível agradar os dois lados. Por exemplo, no caso dos taxistas e kombeiros alguém vai sair entristecido com uma decisão sua. Até porque o senhor vai ter de tomar uma decisão. Como fica a questão de taxistas e kombeiros com essa convivência tão tumultuada?


Amazonino - É um problema evidente. É uma obrigação do prefeito que não pode ser omisso. Como nós estamos pagando pela omissão da administração passada. Esse caos que estamos tendo hoje em Manaus é exatamente decorrente da omissão. Nós estamos nos preparando para organizar isso. Kombi lotação não é aceito em lugar nenhum desse país. Nós vamos largar as regulamentações para os outros sistemas, alternativos e executivos e naquilo que é permitido.. A Kombi lotação hoje existe em número exagerado. Eles foram alem da conta. Poderia até haver um limite de tolerância que a gente faz para resguardar os empregos, mas acontece que eles não mantiveram isso. Hoje tem mais de 300, isso vira o caos, é um verdadeiro caos o transporte ali na Zona Leste. Temos de colocar uma ordem. Aí eles querem paralisar a cidade. Ninguém pode fazer mais nada na cidade que o cara quer paralisar. A cidade precisa de ordem e o prefeito vai cuidar, não com pulso de ferro, mas com a energia necessária e com bom senso.


Ronaldo - Daqui a pouco a prefeitura vai ter de mexer com os camelôs e poderá ter uma manifestação por parte deles. O que o senhor pretende fazer para evitar esse clima de desordem?


Amazonino - Você coloca com muita propriedade, muita qualidade. Nós temos de tomar posições, mas agora essas posições devem ser tomadas com habilidades e inteligência e com competência. A ordem deve ser mantida, vivemos em numa cidade civilizada e o sujeito não pode fazer o que quer .

Ronaldo - Essa regulamentação da Lei será em quantos dias prefeito?

Amazonino - Olha eu espero fazer isso em 30 dias. Essa regulamentação terá uma comissão composta por estudantes, representantes das universidades, das escolas e ainda da área de informática para elaborar o controle que nós vamos fazer. Tudo será feito através de uma discussão democrática

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